Avós, os “pais com açúcar”.
Designação feliz, esta!
Não diz (só) respeito aquele açúcar branco, refinado que, de repente, passa a ser permitido não apenas nos dias de festa!… É o doce dos diminutivos que lhes desconhecíamos do léxico gramatical…
Os “deixa lá”, “só desta vez”, os “coitadinhos” que nos pasmam vindos de onde vêm!… (Pai? Mãe? És tu? Então e quando era comigo?…)
As músicas que não esqueceram…
O “és tal e qual tu em pequenina”, contra todas as evidências objectivas…
O ficarem do tamanho deles quando é bom e ser grande quando é preciso.
E nós, agora os pais (aqueles a quem cabe o “não”) na primeira plateia, mas a ver de longe a nossa infância…
Venha o açúcar, esse doce veneno!
(o texto debruça-se sobre os avós em geral, não sobre este avô destes netos em particular) 😉