Não, não gosto dos dois da mesma maneira.
E aquilo que (alguns) pais gostam de afirmar, mais em jeito de apregoar: “Eu gosto de todos da mesma maneira!!” NÃO É VERDADE!
Sim, pode chocar dito desta forma. Porém, vejamos:
Cada criança é única. Uma é mais carinhosa, astuta ou delicada… A outra audaz, inquieta e impulsiva … Uma faz-nos recuar à nossa infância, a outra projeta-nos no futuro.
Uma, à medida que cresce, vai-se tornando parecida ao outro progenitor (seja isso bom ou mau!…), de tal forma que deixamos escapar: “Estás tão parecido ao pai, filho!…” ou “És mesmo igual ao teu paizinho!…” (E não é preciso muito para perceber em qual dos casos as parecenças são bem-vindas…).
A outra, que até nem é a nossa cara, começa a falar da mesma forma que nós ou a apanhar a mesma forma de gesticular.
Sim, não gostamos dos filhos da mesma maneira. E porquê? Simplesmente, porque eles são diferentes. E como diferentes que são, suscitam em nós reações diferentes, acendem diferentes interruptores e constroem connosco pontes diferentes!…
Pais de mais de um filho: Sim, não gostamos dos filhos da mesma maneira. Não é coisa que se apregoe, ou sequer em que se pense muito. Mas, pensando um bocadinho, não há mal nenhum nisso. Amar de forma diferente não significa amar mais ou menos!
Cada um de nós é amado por aquilo que é, com as suas particularidades.
Se isto ajudar: os filhos também não gostam da mãe e do pai da mesma maneira!… E ninguém (espero!…) de bom senso lhes pergunta se gostam mais da mãe ou pai!…