Menino do mar. Enfrentas as ondas e corres para o mar num composto enternecedor de inocência e bravura.
Não tens medo do eco e essa história dos monstros só serve para gozares o prato e treinares caras feias ao espelho. Mas, bolas, logo havias de ser dono dessa cara de anjo que te atrapalha os planos de amedrontar qualquer mortal…
Feições desenhadas a pincel, pele branca que acusa qualquer contrariedade… Daquelas que acontecem quando temos 80 cm de altura, mas vemos o mundo lá do alto…
Gostas de correr a casa pela manhã, de preferência com sapatos nr 43 calçados. Claro que o correr está dificultado, mas não te importas… Continuas. E tendes para o “cucu” atrás dos cortinados, para onde varres gargalhadas contagiantes.
Tens lugar cativo no braço direito do sofá, onde te dedicas com afinco aos “test drive” aos carros de corrida.
Finalmente dás beijos! E valeu a pena a espera, porque agora há-os para todos os gostos: beijo esquimó, beijo borboleta, beijo golfinho…
És senhor das tuas certezas e das tuas vontades, que expressas, de forma altiva, de indicador arrebitado. Mas fica-te com esta, meu menino: És o meu anjo! E eu é que sei!