Por esta altura do ano sou invariavelmente tomada por um composto físico-químico de melancolia com refolgo. É físico porque o corpo já grita pelo fim dos excessos; é químico porque sou dada à pieguice e as festividades encorajam.
Recolhe-se a mesa, desmonta-se a árvore, arruma-se o serviço…
Finda a contagem decrescente aos dias. Eles contam por si mesmos, com o cálido palato da rotina e o ritmo complacente do costume…
E “não há, no mundo, maior delícia do que a normalidade”.