Não pedi a devolução, mas: “o google achou que gostaria de rever” aquela publicação e engoda-se com imagens e dizeres antigos.
Se é certo que a publicação não faz hoje sentido, a imagem já não é espelho e as mensagens já não têm aquele destinatário, também é certo que as recebi com um sorriso.
Para uns, esta iniciativa de devolução é um presente envenenado e preferem jogar pelo seguro e poupar-se nas palavras, não vá o amanhã atraiçoá-los.
Outros, os que não fazem “pé de meia” das demonstrações de afeto, dão com os pés ao vivido e apagam da memória de toda e qualquer forma de armazenamento resquícios do que já foi.
Não sei o amanhã, é certo. Mas não me angustia que as imagens captadas hoje convertam amanhã a minha retina em fotossensível. Tampouco me atormenta que as palavras atiradas hoje possam perder o sentido amanhã.
“Para sempre?”. Não sei. É-o enquanto durar.
Hoje sinto, hoje penso, hoje gosto, hoje vejo, hoje amo.
A eternidade é um empecilho para os sonhos e eu prefiro viver por mais.