Não há como os dias que se demoram e como demorarmo-nos nos dias.
Não há como as noites quentes e as roupas tão leves quanto a ânimo.
Não há como fazer dos dias úteis inúteis.
Não há como corpos salgados para espíritos adoçados.
Não há como a maresia para desentupir narizes e desobstruir ideias e não há como o calafrio do mergulho para desinvernar temperamentos.
E ainda que, com as crias, não haja mergulho demorado, leitura à sombra ou sesta na toalha (tão pouco toalha), não há como a praia para nos trazer esta sensação de soltura.
E isto não vaza com a maré.