Não se trata de casar naquele dia, trata-se de casar todos os dias.
Não suporto ouvir teses de como “depois do namoro vem o casamento”. Como se o namoro fosse a primavera e o casamento uma estação (terminal) apinhada de sacos de compras, filhos e contas.
Como se o namoro acabasse com o casamento. O que ninguém nos diz é que o fim do namoro é que acaba com o casamento.
Tenho para mim que o casamento mais duradouro é muito mais apaixonante que a mais tórrida das paixões. Qualquer um se apaixona. O difícil é fazer perdurar no tempo e no espaço, (que, entretanto, se fizeram nossos) os sins inteiros e multiplicados.
Atento que, nesta matéria, há poucos verbos mais bonitos do que “salvaguardar” e que os guardiões acabam por ser muito mais heróis do que os conquistadores.
E que o feito é casar todos os dias.