Ando com dores de crescimento.
As dores de crescimento dos petizes, aquelas bem atrás dos joelhos, merecem olhar atento, escuta empática e até tinta nas páginas desguarnecidas.
Mas, e as dores de crescimento dos pais, aquelas bem no lado esquerdo do peito?!…
Os gémeos deixaram a cama de grades.
E sabemos que para lá não voltam.
É um sentir em uníssono, mas que caminha para a autonomia. Muito à semelhança do setting terapêutico.
Ando com dores de crescimento.
Mas nem todas as dores merecem divã. No seu lugar, teremos sempre uma cama vestida de aconchego.
E quando a dor cresce também ela mais um bocadinho, aninhamo-nos na concha involuntária do sono. É simples e enche-me as medidas. Não sei quem as nomeou de “pessoa e meia”. Para mim são de pessoa(s) inteira(s).